quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Discurso de eliminação do Ronaldo

"Parte do público pensa que, quando faço o discurso de eliminação, eu só estou falando com vocês. Pobres vocês! Como se vocês pudessem entender e resgistrar alguma coisa nesse momento de aflição extrema. Vocês sabem que, quando eu falo com vocês, vocês funcionam como uma cortina de filó, uma folha de vidro, uma transparência entre mim e eles.
Eles, o público. Vocês são uma lente de aumento que torna mais visível o que se tenta ver, uma lente de aumento para a gente tentar enxergar o que nos apresenta. Como se vocês não soubessem que estou falando com eles. Me perdoe, com vocês. Eles, nós, vós, vocês... Nós tomos somos vocês. E vice-versa.
Há quem diga que surto, pois não, susto. Há quem diga que vocês surtam. Surfem essa onda. Deixem que digam ‘os surtados’. Esse programa é tanto que ainda sucinta mais que os espectadores. Divididos entre a favor e contra. Acreditem na 12ª edição. Contra ou a favor não deixam de assistir. Como se fosse a Guerra Fria, como se não fosse um programa de televisão. E é verdade. Não é só um programa de televisão. É um espetáculo de natureza humana que, ao contrário do que rumina o senso comum, revela muito mais a natureza de quem espia sobre quem é espiado.
Como no teatro, e nas cortes europeias antigas, quando a plateia ia para ver quem estava nos camarotes e não no palco. Por falar em palco, Fabiana e Ronaldo se acusaram mutuamente de um crime que seria imperdoável: fazer teatro. Não adianta mesmo chorar, atuar, representar. Big Brother não é teatro. Longe disso. É televisão. E por todos os critérios: teatro, tragédia, comédia, telefone, SMS, internet, televisão... Por todos os critérios, está decidido. Por favor, você conhece o caminho de casa, Ronaldo!".
 

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